quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

ANO VELHO / ANO NOVO


Ano velho /Ano Novo
Cansado muito cansado, triste confuso e baralhado, mas ainda me consigo lembrar de como fui bem recebido!
O meu nascimento foi um momento de grandes festas, onde não faltou o chapagne, as passas, as promessas de amor, seladas com beijos molhados, multidões nas ruas, fogo de artificio, musica, os bailes, etc.Por todo o lado era festa, só festa.Eu ANO NOVO estava feliz!
Em Janeiro comecei a crescer, e do cimo do pedestal em que me colocaram, os meus olhos se abriram ao mundo, para depressa esquecer a recepção que tinha tido.
A tristeza tomou conta de mim.O mundo que eu sonhara naquela noite de festas e que fora mágica, afinal não existia.Do inicio do meu calendário, observava incrédulo, tudo que se passava dia após dia.
Assisti a nascimentos de esperança, a casamentos de magia, a casamentos nunca por mim imaginados, e também ao final de casamentos falhados.
Estremeci ao ver como os homens são fracos, egoistas, intolerantes carentes de afectos, e de falta de amor.
O tempo ia passando a correr e nada mudava para melhor.
Vi guerras de ódio onde só os inocentes pagaram. Vi catástrofes provocadas pela natureza, que mais parecia um recado de Deus para os governantes do Mundo.
Eu, ANO sem nada mais poder fazer, dei um dia de cada vez, semana após semana, mês após mês, para que os homens reflectissem amassem, governassem e pensassem no seu semelhante.
Mas não resultou.Receberam o que lhes dei, mas nada fizeram para mudar o mundo.
Também me deslumbrei com as 4 estações que estão rigorosamente defenidas no meu calendário. Primavera Verão Outono e Inverno.
Surpreendido, verifiquei que só mesmo no meu calendário, elas existem.
 Foi uma total confusão. Fáz frio quando se espera calor, calor quando devia estar frio, a chuva aparece quando não se espera, seca em tempo de chuvas, etc. etc.
Por tudo isto, continuo a dizer:
Sinto-me triste baralhado e confuso.Estou cansado, muito cansado, Porquê? Ainda me perguntam?
Porque tudo é culpa do ANO! Falam de mim com palavras que não gosto.Dizem que o ANO foi trágico, foi mau, muito mau, que é um ANO para esquecer!
Foram estas as frases que recebi em troca de 12 meses de inteira disponibilidade, sem nada exigir em troca a não ser lembrar que o tempo passa, passa a correr, e o conselho que deixo a todos os homens que têm o previlégio de olhar para um calendário, é:
Os heróis são aqueles que fazem o que fôr necessário, para a construção de um mundo melhor, ano após ano.

Pergunto mais uma vez! A culpa é minha?
Estou cansado muito cansado e até envergonhado.

Parto cansado velho e desiludido.
Meu novo irmão está prestes a chegar
Mas antes, vou dizer-lhe ao ouvido
Tem cuidado não te deixes magoar
Pelos homens que te recebem a sorrir.
Porque teu irmão está na hora de partir.
Assina-ANO VELHO

29de Dezembro de 2010   


Escrito por: 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010


FELIZ ANO NOVO

Para todos os amigo/as,com Saude ,€ e muito Sucesso!  Aline

domingo, 26 de dezembro de 2010

Natal de Esperança

Mais um Natal de esperança
De votos que não são sinceros
De corridas e de consumismo
Na rua estendo a mão
Mas tudo começa de novo
Faço parte desse povo
Que apesar da nossa fé
Não há sapatinho na chaminé
Apenas sentimos egoísmo.
Nesta data de franqueza
É Natal, todos nos querem bem
Mas o sonho termina sem uma mesa
No resto dos dias que ai vem
Na inquietude da vida
Com momentos de solidão
Mais um ano vai começar
E sem saber o que fazer,
Qual a porta a que bater
Antes bate meu coração
Tenho medo, medo de acreditar
Há muito que perdi o sentido
Numa vida, em cuja pedra tropecei
Perdi amigos perdi familia
Não mais a estrada voltei
Meus companheiros de rua
Homens sensiveis e com valor
Unidos falamos, olhando para a lua
Brincamos como crianças, pedindo-lhe amor
Talvez um dia, volte a esperança
Nesta longa e penosa caminhada
À estrada queremos voltar
Os amigos e a familia abraçar
Ter para sempre um Natal de consoada.




Poema escrito por
Aline Rocha

Dezembro de 2010

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Para os Lados de Belém

Na Tertulia-Conversas com Principio e Fim do passado dia15,um grupo de amigas/os e colegas da U.S. apresentaram uma pequena peça,de autoria da nossa colega Lidia Dias, intitulada "Para os lados de Belém."
Foi bom porque na nossa idade, ainda conseguimos fazer algo que nos surpreende.
Nunca imaginava poder ser um dia por alguns momentos, "Maria mãe de Jesus".
Claro que tinha ao meu lado "José".que foi incansável com o menino,a quem pusemos o nome de Jesus.
Também tive o previlégio de partilhar  as mensagens que Ele me transmitiu quando nasceu.
Quero também referir,o apoio e o calor da vaquinha,da ovelhinha e do burrito.
Depois foram os pastores que passavam por lá,alertados pelo Anjo que anunciou o nascimento do Deus menino,quizeram ir aré à gruta adorá-lo e  ofereceram-lhe mel e frutos silvestres.Dos Reis Magos-Baltazar-Belchior e Gaspar,encantados com a estrela que os guiou,o menino recebeu Ouro Incenso e Mirra.Até uma senhora de uma certa idade lá apareceu para  me dar uma ajudinha.De referir ainda uma menina de tótós, muito gira que por lá brincava perto do estábulo.Para enfeitar o cenário não faltou a linda àrvore de Natal,que por detrás dela estava uma linda pessoa.
Como as imagens valem mais que mil palavras,aqui vos deixo um pequenino filme, que é de todos nós.
Para todos  o meu obrigada.
beijinhos
aline
Dezembro de 2010

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ESTRADA DA VIDA

Olho para trás e o que vejo
Muitos anos sem ser vividos,
 Sentimentos feridos
Num lampejo, coração destroçado
Um futuro muito bem pensado.
Num sabor amargo dum beijo
Coração que acreditou
mas que não adivinhou
O caminho percorrido em vão
Como se acabasse o asfalto
num momento de sobressalto
Senti que tudo o que fiz foi em vão.
De nada me arrependo
 Desta ilusão acabada
Fica a dor no coração
 Porque estendi minha mão
Talvez à pessoa errada
Muitas pedras encontradas,
Mas para embelezar meu caminho
Perfumar minha vida e acreditar no destino,
Todas foram por mim retiradas

Continuei na estrada da vida
Fui deveras surpreendida,
Quando sonhava e sorria         
Acreditava e corria
Tive de parar de seguida
Mas estrada contínua
E eu tenho de a percorrer
Momentos valem o que valem
Não  é preciso sofrer
Pocurarei um novo caminho 
Não posso mesmo parar
Com toda a minha força
Continuarei a lutar
Para na   vida vencer.
Com mágoa mas sem ódio,
 que me habituei a usar
Hei-de acertar no caminho
Que para mim está reservado
A luz que me há-de guiar
Certo que está num altar
Num local muito sagrado.


Autora do poema    
Aline Rocha


 Dezembro de 2010

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

CONTO DE NATAL

A noite estava fria, e o céu estrelado. Sentado num degrau da porta de sua casa, com as mãozinhas sobre os joelhos, um menino olhava para o céu parecendo contar às estrelas que brilhavam , formando um manto cintilante. No silêncio da noite ouviu passos. Assustado, virou a sua cabecinha cheia de caracóis loiros para ambos os lados, e viu com algum espanto, que se aproximava um senhor vestido de Vermelho e com barbas brancas. Nunca tinha visto ninguém assim vestido!Pensou o menino O seu coração batia, batia. Um pouco assustado, levantou-se e deixou ver as suas calças rotas no joelho e os seus pesinhos descalços. O Pai Natal que por ali passava com o seu saco cheio de prendas para ir colocar nas chaminés, dirigiu-se para ele e disse: Rapaz que fazes aqui com este frio?Estás a tremer! De quem estás à espera? De ninguém respondeu o menino. Os teus pais deixam-te aqui sozinho a estas horas da noite? Não tenho pais- eu vivo com a minha avó que está lá dentro sentada à lareira. Respondeu,baixando a cabecinha um pouco envergonhada. Ainda não me conheceste? Não sabes quem sou? Não! Nunca vi ninguém assim igual ao senhor! Disse baixinho. Olha bem para mim - eu sou o Pai Natal! Eu sou amigo de todos os meninos. Por isso nesta noite de Natal eu venho pôr nos sapatinhos, colocados na chaminé, os presentes que eles me pediram. De olhos esbugalhados e um pouco tímido, o menino perguntou? Também posso pedir um presente? Claro que sim. Pede o que quiseres. Qual o brinquedo que gostavas de ter? Nunca tive brinquedos, mas o que eu queria era ter aqui comigo a minha mãe que está lá no céu. Todas as noites eu peço às estrelas, mas estão lá muito longe e não me ouvem. Também gostava de umas botas iguais às suas que devem de ser quentinhas. Emocionado o Pai Natal pousou o saco das prendas no chão, agarrou o menino ao colo e disse-lhe: Tu és muito lindo sabias?És um menino de ouro. Tenho muita pena de não poder satisfazer o teu primeiro pedido. Não te posso dar a tua mãe como me pedes, porque não tenho esse poder. Mas acredita que ela continua a olhar por ti, apesar de estar lá muito, muito longe. Quanto ao segundo pedido, prometo que te vou dar umas botas iguais ou ainda mais bonitas e quentinhas que as minhas, vou dar-te agasalhos para não teres frio, e ainda oferecer-te aquilo que não me pediste - os mais bonitos brinquedos. E sabes por quê? Porque és um menino, e todos os meninos têm o direito de brincar. Amanhã durante o dia voltarei com tudo àquilo que te prometi. Agora vais para dentro de casa, vais dormir e não te esqueças de fazeres a tua oração. Os dois abraçaram-se, e o menino ficou tão feliz com o encontro, que ao ver o velho senhor se afastar,olhou para o céu e disse,fixando as estrelas. Obrigada mãe, gosto muito de si. Voltou para dentro de casa a saltitar e quando chegou à lareira, abraçou a avó que estava a dormitar e contou-lhe, que já conhecia o Pai Natal,que lhe prometeu brinquedos,umas botas e roupa quentinha. A Avó pensou que era uma história inventada,deu-lhe um beijinho e disse para se ir deitar. Feliz mas ancioso pelo dia seguinte para ver de novo o Pai Natal,foi para a sua caminha,rezou sua oração e adormeceu como um anjo. Onde há amor, há luz para iluminar os corações. Autora- Aline Rocha 
Dezembro de 2010