quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

MÃE

Três letras uma só palavra
De grande tamanho e valor
É um ser tão especial
Como especial é seu amor.
Mãe nas horas dificeis
    Que sorri para não chorar
Que aponta o caminho
  Quando saimos do ninho
Mostrando não vacilar.
Mãe que fala e escuta
Reconhece a nossa luta
Que chora sem lamento
Desvalorizando o momento,
Ela é a heroina do lar
Um ser muito especial.
Mãe sinónima de amor
Que resiste a qualquer dor,
Nos olhos tem a bondade
Nas mãos a creatividade
No peito muita intuição
Sabe amar com o coração.
Mãe que a tudo resiste
É por si que tudo existe
Eu lhe estou agradecida
Mesmo com rugas no rosto
Consigo quero ser parecida
Minha mãe que tanto gosto.
Quem me dera poeta
Boa poesia escrever
Sem pressa mas com rigor
Fazer um poema de amor
Prá à minha mãe, oferecer.



poema de
Aline rocha

 
2011

 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

o grito

Vagueio pela rua, estendo a mão
Ninguem me conhece, que sensação
Sinto os meus braços esquecidos, e
Dos abraços então vividos
Apenas resta a recordação.
Subo e desço esta calçada
Vezes sem conta nem fim,
O que me resta… é nada,
Só gente a fugir de mim.
Procuro o que não encontro
Porque há o desencontro
Daquilo que eu sonhei ser,
Fui enganado e aliciado
Com promessas de prazer
Uma linda vida ter
Assim fiquei viciado.
Minha voz desapareceu
Afinal que valho eu?
Não consigo soltar um grito
Sinto o coração aflito
Perdi tudo o que era meu.
Sinto vergonha, sinto-me lixo
Choro por tudo o que perdi
Sinto o peso da sociedade
Que me olha como culpado,
Mas quando quis dizer não
Corria em contra mão
Fiquei vencido e cansado.
Mas juro que acredito
Que soltando este meu grito
Alguem o possa ouvir,
Haverá uma porta secreta
Que para mim esteja aberta
Para eu poder sair.
Se eu tenho de pedir perdão
Faço-o com muita emoção
Pelo que tenho feito sofrer
Tambem sofro e quis morrer,
O meu fardo é bem pesado
Espero ser perdoado
Quero de novo a vossa mão.




(Fiz este poema a um jovem que se perdeu na vida,e que teve a coragem de desabafar comigo a sua angustia)

Poema
Aline Rocha
2/2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Pensamento


Num caminho feito de vento
Passeei meu pensamento
Sem rumo nem direcção,
Eu não sei por onde andei
Sei que numa nuvem pousei
Que passsava na ocasião
Confiei-lhe meu pensamento
Ela ouviu meu lamento,e
Há luz brilhante da lua
Ficamos a conversar
Depois diz, vai-te deitar
Que a noite é toda tua.
O meu pensamento cansado
Um pouco mais confortado
Em cima dela adormeceu,
Mas de noite o vento soprando
Lá a foi empurrando
Passeando –a pelo céu.
Caminhando com vento
Numa noite de fantasia
Foi feliz meu pensamento
Passeando pelo céu
Levado pela ventania.
É tudo tão belo o que vejo
Digo eu ao acordar
Mas logo aparece o vento
Que me atirando um beijo
Me diz, tens de voltar.
Quem me dera ser poeta
Numa nuvem de ilusão
Com palavras ditas ao vento
Escritas com meu pensamento
Longe da confusão.


Poema de
Aline Rocha

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Pintura

 Pintei um quadro natural
 Que não cabe na minha tela
Grande para ser cortado
Muito menos ser esticado 
Numa paisagem tão bela.
Com pinceladas de chuva e
Tintas de muitas cores
Pintei lindas e raras flores
Que dão vida ao meu quadro
Em tons verde orvalhado
Com espátula moldo as sombras
Pelo sol adormecidas
Desenhadas pelo vento
Que corre de contentamento
Por entre cedros e silvas.
Com cores vivas vou pintando
O que a natureza já pintou
Minha mão, o pincel manuseando
Até a liberdade e o perfume imitou.
Usando toda a tinta branca
Sobre um ceu azul celeste
Pintei nuvens passeando
Com traços de paisagem silvestre.
Para que a tinta acabasse
Para sempre a recordasse
Pintei uma linda janela,
A madeira era aguarela
Os vidros eram cristal
Vejo a natureza através dela
Não é pintura de pincel
Mas uma beleza natural




Poema de

2/2011

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

VIDA


Nas rosas há muitos espinhos
Que podem não nos picar
Tambem o insecto fáz ninho
Deixemos a poeira assentar

Ter prazeres de leitura
Reler o livro da vida
Virar a folha envelhecida
Não cavar a sepultura
De uma vida entrestecida
                                                
 Nas noites frias de Inverno
No silêncio do meu leito
No meu cobertor me enrosco
Coração bate em meu peito

Com corridas de incerteza
O sangue meu corpo invade
Meus pensamentos vagueiam
Pela incerteza e saudade
Passou a noite, fez-se dia
Não preciso do cobertor
Tudo se repete e se adia
Só o sol me dá seu calor
Junto os pedaços da vida
Que são pedaços de mim
São tantos e tão complexos
São de mim seus reflexos
Que contados não têm fim



Poema de :
Aline Rocha/2011