segunda-feira, 25 de julho de 2011

FADO DA VIDA

Fáz-se silêncio e ouve-se fado
Cantado em tom menor
Na taberna ali ao lado
Ouve-se o fado maior.
O fadista com ar gingão
 Ela de xaile preto traçado
     Ambos cantam com emoção
       A canção, que é o nosso fado.
Há um silêncio calado
Pela guitarra que chora
Um sentimento guardado
Tocado a qualquer hora.
Da viola, sai melodia
    Da guitarra o sentimento
Canta-se a noite vadia
         À luz de velas, e em silêncio.
Guitarra amiga e confidente
Que encerras alguma tristeza
O fado é a vida da gente
Mas cantado com  beleza.
   Mas o fado tambem é saudade
      Lembram-nos as cordas da viola
  Fadistas cantam em liberdade
Sem parar, pela noite fora.
Temas de fantasia e amor
Escritos em qualquer momento
Com rimas de muita côr
Estrofes de puro lamento.
Fadista gostava eu de ser
Ouvir minha voz cantar
      Versos que gosto de escrever
Em português de Portugal.









sexta-feira, 22 de julho de 2011

NOSTALGIA


No interior do meu ser
Ouço silêncio nos meus passos
Divago com algum prazer
Recordando alguns abraços.

Mora em meu peito a saudade
Uma doce e profunda solidão
Que me provoca ansiedade
Sinto o olhar terno da paixão
De uma profunda realidade.

Faço a caminhada da vida
Procurando a tal guarida
Libertando as minhas emoções
Pondo fim a todas as ilusões
Que me passam despercebidas.

Espreito,

Em meu redor há flores e cheiros
Que brotam de todos os canteiros
Embriagando quem por lá passa
Até as aves felizes, esvoaçando
Vão mostrando a sua graça.

Depois

Cansada, embalada pelo vento
Conto-lhe tudo o que penso
Cai a noite um pouco fria
Olho o ceu e contemplo a lua,
Diz-me a sorrir que a noite é sua
Para sonhar com um novo dia.

Quero escrever minha poesia
Sem desvios nem ambição
Minha companheira a nostalgia
Que me acompanha na solidão.

aline rocha-Julho de 2011



domingo, 10 de julho de 2011

O Piriquito Amarelo

Há um ditado muito antigo
Que o que diz é verdadeiro
A companhia de um amigo
Vale mais que muito dinheiro.

Numa gaiola branca
Em forma de um castelo
Eu tenho um piriquito
Que é azul, e muito belo.

Sózinho sem companhia
Estava triste seu coração
Mas chegou o grande dia
Que o fez sair da solidão.

Um dia no seu castelo
Entrou um piriquito amarelo
Que uma amiga me ofereceu,
Para o piriquito azulinho
Por se encontrar sozinho
 Foi o melhor que aconteceu.

Os beijinhos e a cortesia
São lindos e belos sinais
Cantam os dois todo o dia
“Um é pouco-dois é bom -três é demais”.




                             
AlineM.Rocha
Julho/2011