segunda-feira, 25 de abril de 2011

Liberdade

Numa manhã distante

Manhã que floresceu
Em busca da liberdade
Pairava a ansiedade
Num país que é o meu.

Perfume reconhecido
De um País adormecido
Sem voto e acorrentado,
Onde nada acontecia
Mas que toda a gente temia
Porque tudo lhe era negado.

Homens de muita vontade
Devolveram a liberdade
Encerrando a longa espera
Dando a páz à minha terra
Com canhões de amizade.

Num dia lindo e tão belo
De rosto e sorriso singelo
Toda a gente o desfrutava,
Caminhando livremente
Estava aberta a sua mente
E o povo todo cantava.

Lembro pomba que voava
Cravo em boca de canhão
Canções ao vento cantadas
Tudo andava de mãos dadas,
Memórias de uma revolução.

Neste dia vou recordar
Data histórica no meu país
Assim quero continuar
A liberdade disfrutar
Só assim serei feliz.


Poema de –Aline Rocha

25/4/2011

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Mulher de Ontem e de Hoje

O meu nome é MULHER
No principio ignorada
Andava de boca calada
Apenas era desejada
Sem direito nem prazer.
Sem voto nem opinião
Senti que algo ia mal
Neste mundo de ilusão
Abri o meu coração
Lutei por um mundo real.
Quis fazer parte da sociedade
Muitos obstáculos a vencer
Sonhei com a igualdade
E com muita dignidade
Consegui ao mundo dizer.
         Mais do que ser apenas esposa
  Sou mãe, às vezes até pai
Referência para família
     Atenta ao que no mundo vai.
Estudei para uma profissão ter
Lutei pela afirmação
E ao meu belo prazer
Sei sempre o que vou fazer
Com ordem e determinação.
Sou executiva, militar do exercito
Empresária,comandante de navio
Conduzo meu carro, sou dentista
Cabeleireira,actriz e atleta
Sou escritora, sou jornalista
Sou médica,sou enfermeira
Sou juiza sou professora
Estudiosa da cultura 
Sou modelo sou engenheira
Advogada e formada em arquitectura
Neste mundo de verdade
Posso fazer o que eu quizer
Lutei pela minha liberdade
Afirmei-me como MULHER
poema de
Aline rocha
Abril de 2011

terça-feira, 5 de abril de 2011

QUE DROGA DE VIDA

Sobe e desce vezes sem conta, a rua onde nasceu, como que à procura daquilo que não encontra. Ao seu lado caminha pela trela, um cão preto que fora abandonado, e que ele chamou a si adoptando-o como seu companheiro e com o qual reparte o pouco que tem.
A vida tem destas coisas, que por vezes não dá para perceber.
Aquele jovem outrora bonito, atraia toda a gente com a sua simpatia.Era humilde e educado tinha sempre um sorriso quando nos cumprimentava. Para nós vizinhos que nos cruzávamos com ele, sentiamos o seu carinho. Havia um brilho enorme no seu rosto.
Hoje, anda perdido - apesar dos muitos, dos prolongados e honorosos tratamentos que com muita dificuldade a familia conseguiu, mas que de nada serviram.O dinheiro acabou e acabou tambem a esperança ou a ilusão de que ele queria realmente tratar-se.
Viver sem mãe não é fácil e muito menos numa situação destas. Ele está mais pobre porque sua mãe já não existe.Foi mais um pilar que quebrou e que contribuirá certamente para ruir a sua frágil estrutura.
A sua vida familiar é turbulenta.Seu pai revoltado e cansado com a sorte e com a vida, certamente não o compreende e vice-versa.
Os amigos de infancia não existem porque se afastam.
Os efeitos das drogas modificaram-no. Nota-se que no seu coração há solidão, no seu olhar muita tristeza, mas tambem agressividade na sua maneira de falar. O seu aspecto não é bom.Barba crescida, e o rosto magro diz-nos que o estomago deve reclamar muitas vezes.
Nos pulsos algumas pulseiras de bicos, quem sabe se serão para se defender ou para intimidar!
É doloroso ver a transformação de uma pessoa que podia ser um cidadão respeitado e não passa de um ser que é olhado de lado - ignorado – incompreendido.
Quem é mãe como eu, sente esta dôr e não pode ficar indiferente a este jovem,que é o rosto de muitos-infelizmente.
Nunca sabemos o dia de amanhã.
Que ninguem diga, desta água não beberei.


Para ele escrevi um poema.” O GRITO”                          


Aline Rocha


29/03/2011



Rei D. Dinis


Sobre este rei muito há que dizer, mas eu vou sintetizar até porque não sou historiadora.
Rei D. Dinis nasceu em Lisboa no dia 9 de Outubro de 1261.
Seus pais eram D. Afonso lll e D.Beatriz de Castela.
Em 11/2/1282 casou por procuração em Barcelona com Princesa Isabel de Aragão, ela com 12 anos de idade.No mesmo ano mas a 26 de Junho é então concretizado o casamento com a presença do rei, na Vila de Trancoso em Portugal.
Deste casamento nasceram dois filhos: Constança e Afonso lV
Faleceu a 7/1/1325 em Santarém com 63 anos
Seu corpo encontra-se no Mosteiro de D. Dinis em Odivelas

                                      ***

O Rei D. Dinis sexto rei de Portugal subiu ao trono aos 17 anos de idade no ano de 1279 e governou Portugal durante 46 anos, tendo pertencido à Dinastia de Borgonha.
Foi um Rei que liderou alguns conflitos.
Um deles foi com a Igreja, em que assinou um tratado com Papa Nicolau lll onde jurou proteger os interesses de Roma em Portugal.
Também salvou a Ordem dos Templários-criando a Ordem de Cristo em sua substituição.
Diziam ser um Rei mais administrador do que guerreiro.
Fomentou o comércio e a agricultura, distribuiu terras para serem trabalhadas e fundou várias comunidades rurais, mercados e feiras francas.
O seu cognome de “LAVRADOR- O REI AGRICULTOR”ficou ligado ao gosto e desenvolvimento pela agricultura e ainda por ter mandado plantar o pinhal de Leiria,
Fomentou a criação dos concelhos e reformas judiciais.
Ordenou a exploração das minas de cobre, prata, estanho e ferro.
Era grande amante das artes e das letras, e da poesia. Por isso o chamarem de REI POETA-REI TROVADOR.
Pensa-se que foi o primeiro Monarca Português alfabetizado.Sempre que assinava o seu nome escrevia sempre o nome completo.
Criou em Coimbra a primeira Universidade em Portugal, com o ensino de -Direito Civil e canónico e ainda Medicina.
Foi Poeta e Trovador.
Há conhecimento de 137 cantigas da sua autoria-sendo (73 cantigas de amor, 51 cantigas de amigo, e 10 cantigas de escárneo e maldizer). Há ainda 7 originais de músicas, que se encontram no arquivo da Torre do Tombo, descobertas em 1990 pelo prof Harvey L. Sharrer,
Protegia os escritores, fazendo com que guardassem os seus escritos no Estudo Geral de Lisboa.
No seu reinado todos os documentos começaram a ser escritos em português e não em latim como até aí.
Instituiu o Português como lingua oficial da Corte
A sua Côrte foi um dos Centros Literários mais notáveis da Peninsula Ibérica.
Na cidade de Odivelas, além de nome de rua tambem é lembrado numa estátua colocada numa rotunda bem movimentada, uma Biblioteca Municipal, e um Mosteiro com seu nome, onde se encontra sepultado.



(Este trabalho foi possivel com recurso à net)



Aline Rocha

29/03/2011