segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

NATAL


Era Natal,
Noite de sonhos, noite de magia
Noite de Páz e alegria!
Recordo quando era criança
Havia sorrisos, havia esperança
Reunião da familia inteira
Sinto ainda o calor da lareira
Caia neve no meu quintal
Porque era noite de Natal.


Cantava-se,
Alegram-se os céus e a terra,
Cantemos com alegria,
Já nasceu o Deus menino
Filho da Virgem Maria.


Presépios de musgo real
Estrela, pastores e seus rebanhos
Figuras de todos os tamanhos
Tudo parecia natural.


Para agradecer o momento
Com ouro mirra e incenso
Curvavam-se os reis magos
Frente ao Redentor
Menino feito de amor,
Nas palhinhas está deitado
Em noite fria de Natal.


Só porque nasceu Jesus
Oferecendo a sua luz
Em todo o Mundo é Natal,
Hoje o povo não percebeu
Que este dia lhe pertenceu, e
Corre, corre desenfriado
Só prendas por todo o lado,
O menino está triste
Porque Dele quase não há sinal
Parece que não existe,
Parece que já foi passado
Só se fala em Pai Natal.


Aline Rocha
Dezembro de 2011




terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Conto de Natal


Fazia luar, a noite estava fria, e o céu estrelado.

Sentado num degrau da porta de sua casa, com as mãozinhas sobre os joelhos, um menino olhava para o céu parecendo falar com as estrelas que brilhavam , formando um manto cintilante.

No silêncio da noite ouviu passos. Assustado, virou a sua cabecinha cheia de caracóis loiros para ambos os lados, e viu com algum espanto, que se apróximava um senhor forte,vestido de Vermelho e com umas barbas brancas.
- Nunca tinha visto ninguém assim vestido! Disse baixinho o menino.
O seu coração batia, batia. Um pouco assustado, levantou-se e deixou ver as suas calças rotas no joelho e os seus pesinhos descalços.
O Pai Natal que por ali passava com o seu saco cheio de prendas para ir colocar nas chaminés, dirigiu-se para ele e disse:
- Rapaz- que fazes aqui a estas horas da noite,com este frio?Estás a tremer! De quem estás à espera?
 - De ninguém. Respondeu o menino.
Os teus pais deixam-te aqui sozinho a estas horas da noite?
- Não tenho pais- eu vivo com a minha avó que está lá dentro sentada à lareira. Respondeu o menino, baixando a cabecinha um pouco envergonhada.
- Ainda não me reconheceste? Não sabes quem sou?
- Não! Nunca vi ninguém assim igual ao senhor! Respondeu baixinho
- Olha bem para mim. - Eu sou o Pai Natal! Eu sou amigo de todos os meninos. - Por isso, nesta noite de Natal venho pôr nos sapatinhos que estão colocados nas chaminés, os presentes que eles me pediram.
De olhos esbugalhados e um pouco tímido, o menino perguntou?
- Também posso pedir um presente?
- Claro que sim. - Pede o que quiseres.- Qual o brinquedo que gostavas de ter?
- Nunca tive brinquedos, mas o que eu queria era ter aqui comigo a minha mãe que está lá no céu. Todas as noites eu peço às estrelas, mas estão lá muito altas e não me ouvem!
- Também gostava de umas botas iguais às suas que devem de ser quentinhas.
Emocionado o Pai Natal pousou o saco das prendas no chão, agarrou o menino ao colo e disse-lhe:
- Tu és muito lindo sabias? Um menino de ouro!
- Tenho muita pena de não poder satisfazer o teu primeiro pedido. Não te posso dar a tua mãe como me pedes, porque não tenho esse poder. Mas acredito que ela continua a olhar por ti, apesar de estar lá muito, muito longe.
- Quanto ao segundo pedido, prometo que te vou dar umas botas iguais ou ainda mais bonitas e quentinhas que as minhas, vou dar-te agasalhos para não teres frio, e ainda oferecer-te aquilo que não me pediste - os mais bonitos brinquedos. E sabes por quê? És um menino, e todos os meninos têm o direito de brincar.
- Amanhã durante o dia voltarei com tudo àquilo que te prometi.
- Agora vais para dentro de casa, vais dormir e não te esqueças de fazeres a tua oração.
Os dois abraçaram-se, e o menino ficou tão feliz com o encontro, que ao ver o velho senhor se afastar,olhou para o céu e disse,fixando as estrelas.
- Obrigada mãe, gosto muito de si.
Voltou para dentro de casa a saltitar e quando chegou à lareira, abraçou a avó que estava a dormitar e contou-lhe, que já conhecia o Pai Natal, que lhe prometeu brinquedos, umas botas e roupa quentinha.
A Avó pensou que era uma história inventada, deu-lhe um beijinho e disse para se ir deitar. Feliz mas ansioso pelo dia seguinte, para ver de novo o Pai Natal, e receber as suas prendas,foi para a sua caminha feita de esperança e adormeceu como um anjo.

Onde há amor, há luz para iluminar os corações.


Aline Rocha-Dezembro de 2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

MEU PAI - MEU VELHO - MEU AMIGO

Esta maravilhosa frase, fáz parte de uma canção de Roberto Carlos. Para mim, ela é actual e cheia de carinho. Ela encerra toda a verdade.Com ela me identifico.
Meu pai
– Porque lhe devo a minha existência.
Meu velho
– Porque o peso da idade já se fáz sentir. Custa-me saber que a audição já é quase nula, por isso o diálogo é quase inesistente. Este é o sentido que mais o afecta e o deixa mais triste.Tambem o andar é dificultado pelos problemas ósseos nos membros inferiores.Ajuda-o, uma bengala que ele muito estima.
Meu Amigo
- Porque foi ele, o meu ponto de referência, dele recebi apoio e conselhos ao longo da minha vida.Ele sabe ouvir, sabe aconselhar e até sabe sofrer em silêncio.Para ele tudo está bem.Ele adora estar em familia e confessou-me que tem pena de morrer.

Pai! está a fazer 87 anos.
Sempre me diz que não quer prendas, mas não vira a cara a uma caixinha de chocolates! Há! Como eu sei que gosta de goluseimas!
Mas o pai tem razão. Não é o pai que recebe a prenda no dia do seu aniversário, sabe quem é? Sou eu!
O pai oferece-me a sua presença. Tenho a possibilidade de olhar para esses olhos cheios de ternura, de o ouvir dizer palavras bonitas, de lhe falar, de trocarmos os nossos carinhos, de sentir as suas mãos afagando o meu rosto acompanhado do seu sorriso, quando nos cumprimentamos.
Costuma dizer também uma frase que é assim:
Que Deus me dê mais um ano e eu fico contente.
Meu pai, os meus votos são: Que Deus lhe conceda o seu desejo por muitos mais anos, com a lucidez e com a mesma vontade de viver que tem neste momento.
Por si, fico muito feliz.
Um terno beijo de alguem que o ama muito.


Sua filha - Aline











Quando  agarro as suas mãos
Trémulas e deformadas
Tenho a mesma confiança
De quando eu era criança
Afagando as minhas mágoas.

Seu fio de cabelo branco
Com brilho e seu encanto
São trilhos de formosura,
São juventude de medos
Que eu acaricio com ternura
Com a ponta dos meus dedos.





Pai
Estou feliz porque ainda o vejo
Nas suas faces dou um beijo
Abraço-o quando quizer,
No seu peito sinto a esperança
Nas palavras a confiança
Tenho muito que lhe agradecer.



























terça-feira, 1 de novembro de 2011

Minha Janela Inventada

Da minha janela inventada
Virada para o sol nascente,
Vejo borboletas a poisar
Crianças na rua a brincar
Água para toda a gente.

No céu,
Muitos pássaros a voar
A mesma canção, parecem cantar
Um deles…
Na minha janela poisou,
Acabou-se para sempre a guerra
Agora sim há páz na terra
Foi a mensagem que me deixou.

Então pensei:
As crianças serão felizes
Não importam as raízes
Os direitos serão iguais,
Nos olhos terão alegria
Na boca o pão de cada dia
Mais outras bençãos que tais.


Não há medos nem traições
A saude é bem cuidada
A vida é sossegada,
Há dignidade e fartura
Não há morte nem agrura
Há amor nos corações.


Depois,
Debrucei-me e não vi nada,
Busquei o que desconheço,e
Fiquei arrepiada,
Tudo não passou de um desejo
Um sonho, um lampejo
Porque afinal,
A janela
Era por mim inventada.


Aline -1/11/2011



terça-feira, 4 de outubro de 2011

OUTONO

Outono,

Estação de árvores despidas
De folhas amarelecidas
Levadas ao sabor do vento,
Partem leves de mansinho
Espalhadas pelo caminho
Frágeis, secas e sem alento.


Ouve-se o vento a bramir
A chuva começa a cair
A neve tambem aparece,
Flocos dançam no ar
Paisagens de encantar
Silêncio que emudece.


Outono terceira estação
Deixas triste o meu coração
Na boca um sabor amargo,
No corpo fazes arrepio
Que enches caudal do rio
Que agitas o mar salgado.


Saudade que tenho guardada
Do silêncio da madrugada
Verão e Primavera em flôr,
Da àrvore linda da minha rua
Outrora frondosa, agora nua
Aguarda vestir de novo a sua côr!


.Na praceta de minha da rua
Sózinho o banco lá contínua
Sem namorados e seu fulgôr,
Quando nele ficavam sentados
Trocando beijos molhados
Fazendo promessas de amor.


Já não ouço o som da cotovia
Que era minha inspiração
Mas ouço o vento que assobi
É Outono com sua canção!








Aline Rocha


8/2011

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

AS NOSSAS MÃOS

As mãos que hoje são enrugadas, já tiveram a pele fina, macia e aveludada.
As mãos são tão importantes na nossa vida, que ao nascer foram elas (as mãos) que nem conhecemos  nos agarraram..
Foram delas (as mãos) que recebemos as primeiras caricias e com elas (as mãos) que continuamos a acariciar, que damos nossos afectos, que ensinamos a contar, a brincar, a pintar, a escrever e até transmitir nossas emoções.
São elas (as mãos) que se acariciam uma à outra, que juntas, lavam o rosto e o cobrem quando choramos ou meditamos,tambem se unem para rezar, mas se separam  para nos benzer.
Há mãos de amor que tratam, que curam, que educam, que alimentam.
As mãos estendem-se para pedir mas tambem para repartir.
São as mãos que se juntam e selam o acto de amor no dia do matrimónio.
A mão que levanta o cálice para brindar, tambem  acena um adeus amigo.

 
Admirem as vossas mãos
Mãos


Que agarram na caneta ou na pena
Sabem escrever um poema
Pautas e canções de amor,
Mãos que tocam sinfonia
Mãos que fazem magia
Que acariciam qualquer flôr


Mãos que constroem
Que tambem destroem, e
Neste mundo de contradição,
São elas que nos embalam
São elas que nos amparam
São elas que nos põe no caixão.





Aline Rocha


Setembro de 2011


domingo, 18 de setembro de 2011

Um Sem-Abrigo

Debaixo daquela arcada
Depois da porta fechada
Abro o meu apartamento,
Não tem cozinha nem bar
Não tem sala de jantar
Apenas o meu lamento.


A cama não é de madeira,
Porque não tenho maneira
Nem espaço para a colocar,
Numa caixa de papelão
Mais a dôr do meu coração
É nela que me vou deitar.


Não tenho casa de banho
Mas tenho o desegano
De uma vida de liberdade,
Foi esta a vida que escolhi
Quando um dia eu parti
Procurando a felicidade.


Mendigando para comer
Sem nada para fazer
Olho as estrelas no céu,
Sou um sem abrigo já velho
Roupa suja e sem cabelo
Perdi o bom que era meu.


Quando ando na rua sózinho
Já não encontro o caminho
A bebida me estragou,
Sei que é tarde demais
Voltar e dar meus sinais
Da vida que me enganou.


Sou olhado sem respeito
Porque na rua me deito
Que é meu mundo de ilusão,
Ninguem sabe bem o perigo
Que espreita um sem abrigo
Em noites longas de solidão.


Aline Rocha
Setembro de 2011


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Por Ti


Andando  sem parar
Caminhei à beira mar
Na fina areia molhada,
Nela ficaram marcados
Os passos já bem cansados
Numa noite aluarada.


A lua deu-me um abraço
Dei tréguas ao meu cansaço
Adormeci na areia fria,
Com lençol de mar salgado
Almofada de vento ondulado
Colcha fina de marezia.


Sonhei com o meu jardin
Flores sorriam para mim
Toquei num malmequer,
Recordando como fazia
Pétala a pétala, eu dizia
Mal-me-quer - bem -me- quer.


Vi uma borboleta vaidosa
Senti o cheiro de uma rosa
De um cravo e de uma açucena,
Mesmo dormindo acordada
Na fina areia molhada
Quis fazer este poema.


Magia de uma noite à beira mar
Com espuma de onda a deslizar
Molhando meus pés cansados,
Vi como a lua no mar refletia
Senti o cheiro a maresia
Sonhos por mim inventados.





Aline

Setembro de 2011

domingo, 28 de agosto de 2011

PAI

Sentado no seu cadeirão,
Cabisbaixo e pensativo
Digo-lhe, agarrando em sua mão
Sabe que estou sempre consigo.


Pai,
Estou feliz porque ainda o vejo
Nas suas faces dou um beijo
Abraço-o quando quizer,
No seu peito sinto a esperança
Nas palavras a confiança
Tenho muito que lhe agradecer.


Filha - desgosto maior não existe
Porque me falta o ouvido
Por isso eu ando triste,
Diz – me ele, já comovido!


Pai,
Preciso do seu sorriso
Da sua sabedoria e bondade
Esqueça as suas agruras
Não quero ver amarguras
Nos seus olhos de bondade.


Quando eu agarro nas suas mãos
Trémulas e deformadas
Tenho a mesma confiança
De quando eu era criança
Afagando as minhas máguas.


Seu fio de cabelo branco
Com brilho e seu encanto
São trilhos de formosura,
São juventude de medos
Que eu acaricio com ternura
Com a ponta dos meus dedos.


Figura frágil e generosa
Sua voz é carinhosa
Tem lentidão no andar,
Usa a bengala porque é preciso
Cumprimenta com um sorriso
Gente que com ele se cruzar.


Tem minha mãe, sua companheira
Há 66 Anos uma vida inteira,
Ela mima-o e dá-lhe carinho
Trata-o como um menino
Utilizam o verbo amar,
Meus pais que sempre vou adorar.






Aline Rocha
Agosto de 2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Rosa Amarela

No cavalete pousei a tela
Tela branca como algodão
Pincéis passeiam por ela
Agarrados à minha mão.


Tintas de óleo ou aquarela
Pinceladas dadas ao vento
Com inspiração de momento
Pintei uma rosa amarela.


Numa pétala da minha rosa
Gotas de água eu pintei,
Com minha mão vagarosa
Seis folhas verdes, juntei.


Rosa que sabes como és bela
Dos teus espinhos não me esqueci
Eles fazem parte da primavera
Das rosas do meu jardim.


Tu esmureces minha fadiga
Quando sobre ti me debruço
Linda flôr minha amiga
És meu choro,és meu soluço.


No meu quadro és a rainha
Das telas que pintei à mão
Rosa amarela rosa minha
Minha rosa de eleição.





Aline rocha
Agosto de 2011















sábado, 20 de agosto de 2011

Tempo

Fáz tempo, esse tempo que perdi
Tudo são lembranças que não vivi
Hoje, recordo tudo e quase nada,
Por entre águas e vento
Como paisagem sem alento
Só a lua estáva iluminada.


Vejo uma nuvem no horizonte
Qual princesa encantada
A água a brotar da nascente
Lembra-me que ainda sou gente
Como a rosa delicada
Que nasceu perto da fonte.


Ondas se formam e se desfazem
Num vai e vem de coragem
Deixando a espuma no areal
Brincam e riem de mansinho
De novo o mar, o seu caminho
Parecendo tudo tão natural.


Dentro de nós o que existe?
Um mundo presente e passado
Por vezes alegre ou triste,
Como água que corre sem parar
Que na ponte não volta a passar
Nós é que corremos para todo o lado.


Com tinta azul pintei o mar
Com caneta de amor escrevi o poema,
De nada sinto medo, nem sinto pena
A noite mesmo escura não é triste,
Porque meu cabelo branco existe, e
As rugas em nada me vão mudar.





Aline Rocha

8/2011



quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Momento

O mar azul define o horizonte
Beijado pelo sol que me aquece
Sinto o fascinio, visto do monte
Um fim de tarde que adormece.


É tão lindo este momento
Como é nobre o sentimento
Por isso não vou esquecer,
Do monte sinto a saudade
Como sinto da mocidade
Que não volta para me ver.


Crepusculo de um sol cansado
Que desaparece atrás do monte
Quadro de duas cores pintado,
Com sol e mar retratado
Traço fino no horizonte.


Fica a pintura na tela
Saida da minha mão
Pintada à luz de uma vela
Numa noite de escuridão.






Poema /aline rocha / julho2011

segunda-feira, 25 de julho de 2011

FADO DA VIDA

Fáz-se silêncio e ouve-se fado
Cantado em tom menor
Na taberna ali ao lado
Ouve-se o fado maior.
O fadista com ar gingão
 Ela de xaile preto traçado
     Ambos cantam com emoção
       A canção, que é o nosso fado.
Há um silêncio calado
Pela guitarra que chora
Um sentimento guardado
Tocado a qualquer hora.
Da viola, sai melodia
    Da guitarra o sentimento
Canta-se a noite vadia
         À luz de velas, e em silêncio.
Guitarra amiga e confidente
Que encerras alguma tristeza
O fado é a vida da gente
Mas cantado com  beleza.
   Mas o fado tambem é saudade
      Lembram-nos as cordas da viola
  Fadistas cantam em liberdade
Sem parar, pela noite fora.
Temas de fantasia e amor
Escritos em qualquer momento
Com rimas de muita côr
Estrofes de puro lamento.
Fadista gostava eu de ser
Ouvir minha voz cantar
      Versos que gosto de escrever
Em português de Portugal.









sexta-feira, 22 de julho de 2011

NOSTALGIA


No interior do meu ser
Ouço silêncio nos meus passos
Divago com algum prazer
Recordando alguns abraços.

Mora em meu peito a saudade
Uma doce e profunda solidão
Que me provoca ansiedade
Sinto o olhar terno da paixão
De uma profunda realidade.

Faço a caminhada da vida
Procurando a tal guarida
Libertando as minhas emoções
Pondo fim a todas as ilusões
Que me passam despercebidas.

Espreito,

Em meu redor há flores e cheiros
Que brotam de todos os canteiros
Embriagando quem por lá passa
Até as aves felizes, esvoaçando
Vão mostrando a sua graça.

Depois

Cansada, embalada pelo vento
Conto-lhe tudo o que penso
Cai a noite um pouco fria
Olho o ceu e contemplo a lua,
Diz-me a sorrir que a noite é sua
Para sonhar com um novo dia.

Quero escrever minha poesia
Sem desvios nem ambição
Minha companheira a nostalgia
Que me acompanha na solidão.

aline rocha-Julho de 2011



domingo, 10 de julho de 2011

O Piriquito Amarelo

Há um ditado muito antigo
Que o que diz é verdadeiro
A companhia de um amigo
Vale mais que muito dinheiro.

Numa gaiola branca
Em forma de um castelo
Eu tenho um piriquito
Que é azul, e muito belo.

Sózinho sem companhia
Estava triste seu coração
Mas chegou o grande dia
Que o fez sair da solidão.

Um dia no seu castelo
Entrou um piriquito amarelo
Que uma amiga me ofereceu,
Para o piriquito azulinho
Por se encontrar sozinho
 Foi o melhor que aconteceu.

Os beijinhos e a cortesia
São lindos e belos sinais
Cantam os dois todo o dia
“Um é pouco-dois é bom -três é demais”.




                             
AlineM.Rocha
Julho/2011

terça-feira, 7 de junho de 2011

Lembranças

Num lindo dia do mês Junho
Pintei meu quadro de amor
Numa tela de uma só côr,
Crianças com silêncio no olhar
Sorriam quando queriam chorar
Choravam quando deviam cantar
Lembranças que não queriam recordar.

Mas lembrando alguém que está no ceu
Cuja mãe, não mais voltarão a ver,
As Lágrimas no rosto vão rolando
Os seus olhos vão enxugando
Com um lenço, fingindo esquecer.

Mas há gente muito boa neste mundo
Pessoas simples, mas com grande coração,
Tocadas pela força do SENHOR
Integráram-nas no seu mais profundo amor,
Como se esses meninos, fossem sua filiação.

Quando essas crianças se viram para  o altar,
Sabem que Deus lá do alto as olhou
Que para a Sua casa as guiou,
Para terem o direito de sonhar
Serem felizes, pular, brincar e rezar,
Apoiadas numa igreja abençoada
Onde toda a criança é amada.

Não irão esquecer certamente,
O quanto és transparente
O que de bom de ti têm recebido,
Minha amiga Cremilde és exemplo
De quem quase não existe neste tempo,
Por isso serás recompensada
Por DEUS e toda esta pequenada.

Amiga
Conheço a tua sensibilidade e a tua maneira de estar o mundo.
Vales pela tua simplicidade e pela tua entrega aos outros.
És verdadeira és sensivel e isso fáz de ti a pessoa maravilhosa que és.
O poema que escrevi é para ti, é uma humilde lembrança.
Recebe um beijinho
Aline rocha

7/6/2011

domingo, 29 de maio de 2011

O meu irmão gémeo

Tenho um irmão gémeo, pois de outra maneira não faria muito sentido, mas também não era anormal!
Quando estamos ao serviço, apesar de passarmos momentos lado a lado, nunca nos vemos.Temos a mesma filosofia de vida, mas eu sou da esquerda e ele, o meu irmão, é da direita.
Ambos temos o privilégio de admirar tudo de cima para baixo, o que nos dá muito prazer.
Concebidos para o sexo feminino, é por ele que somos mais admirados!
Por isso dizemos: Uau! - Como é bom sentir o cheiro dos belos cremes, e dos frescos perfumes que as senhoras tanto gostam! Mas confesso que às vezes fico confuso com a variedade.Se é verão, usam uma fragância leve e suave, se é inverno usam outra mais quente e sensual.
Somos cúmplices e testemunhas das promessas e juras que são ditas em segredo, e ainda os segredos que ouvimos e que pedem para serem guardados, nas festas e comemorações.
Só Deus sabe o que ouvimos!
Delicadamente  sentimos o calor da paixão, num rápido e pequeno encosto dos lábios mesmo muito pertinho de nós.Adivinha-se o romance.
Depois não pedimos licença para irmos ao teatro ou a uma festa, mas fazemos concorrência ao mais belo vestido, e ao som da música sentimo-nos rodopiar, ou dançar ao som de uma valsa.
Foi num grande salão com as luzes a incidirem sobre nós que mostrámos como cintilamos, que mostrámos todo o nosso charme e conhecemos alguns recantos ditos de amor.
Também viajámos e não precisámos de passaporte.
Mas porque tudo tem o seu tempo de glória, aquela senhora a quem lhe demos o encanto de um rosto belo e atraente, de noites de sonho e contos de fadas, fartou-se de nós e atirou-nos para uma caixa cheia de pequenas gavetas, que apesar de serem forradas em centim nos deixou uma grande tristeza e revolta e porque não dizer humilhados!
Felizmente que teve o bom senso de nos colocar na mesma gaveta bem pequena por acaso, e os dois sózinhos voltámo-nos a ver e trocámos impressões sobre a nossa vivência.
Muito triste meu irmão pergunta-me:
Lembras-te quando estávamos expostos naquela vitrina no meio de peças lindas e preciosas, muito parecidas connosco, (modéstia à parte) e um velho senhor de cabelo grisalho e sobretudo azul, muito perfumado, se abeirou de nós, pôs os óculos sobre o nariz, e sem se preocupar com o nosso alto valor, pediu à empregada que fizesse uma embalagem de luxo, algo que impressionasse, ao mesmo tempo que abria o livro de cheques?
Se me lembro! Sabes que eu pensei nesse momento? Vamos ter uma vida de ricos!
Tinhas razão meu irmão! Eu pensei o mesmo.
Foi para isso que fomos concebidos e diga-se que passámos momentos muito agradáveis.Tivemos os nossos momentos de glória!
Só não imaginava que fossem de  tão curta duração!
Mas os ricos são assim: Fartam-se depressa e o livro de cheques tem de se gastar.
Talvez por isso desprezáram-nos aqui dentro desta maldita caixa que apesar de ser luxuosa digna de peças como nós, deixámos de contemplar a vida e o requinte da alta burguesia.
Não te iludas meu irmão, neste momento já não passamos de peças usadas, quiçá um dia seremos vendidas em 2ª mão, ou deixados em testamento.




Dois irmãos muito amigos
Mas que não têm coração
Só os ricos foram inimigos
De brincos se trata a lição



Aline Rocha

Maio de 2011



sexta-feira, 20 de maio de 2011

HOMENAGEM AO SÉNIOR

SÉNIORES - Sinónimo de velhice?
Como se engana quem pensa assim!

SÉNIOR- É ser persistente, determinado, ter força de vontade e sobretudo muita alegria.
Somos Séniores com sorrisos felizes, algumas ruguinhas, cabelos mais ou menos grisalhos, que não escodem a idade, mas que nos dão o prazer de ser - o que fomos e o que somos!
Fomos filhos, fomos jovens, formámos familia!
Somos pais - somos avós e somos amigos!
Foi o nosso olhar terno e calmo, o nosso coração, a nossa sabedoria e a nossa dedicação, que conquistámos o amor, que formámos um lar, que ensinámos, educámos, perdoámos, e lutámos sempre.
Mas  a nossa conquista continua!
Como é bom pertencer a grupos de pessoas com uma juventude avançada, mas que são firmes e determinadas, testando os seus conhecimentos sem preconceitos, voltando aos bancos da Universidade para colherem de novo os frutos daquilo que está esquecido ou aprender o que nunca lhes foi ensinado, ou ainda quem se disponibiliza, saindo de sua casa para confortar os que vivem na solidão, levando a palavra mágica de “coragem”, um aperto de mão ou um beijo carinhoso na face de alguém, que ao recebê-lo se comove e nos comove.
Como é bom partilhar a alegria de um passeio, seja no campo, no rio ou numa cidade, em busca de conhecimentos!

Cada um de nós, Séniores, seja homem ou mulher, têm a sua história.
Em comum todos deixamos para trás anos de trabalho e a experiência de toda uma vida de mais ou menos sacrificios, mas todas de muito empenho, de realização pessoal e profissional, embora com profissões diferentes. Hoje todos partilhamos de igual modo, esta nova etapa.

Ser Sénior é ter a capacidade de se renovar e a felicidade de transmitir, e de partilhar, porque no nosso calendário existe o amanhã ,com encanto, com doçura e com amizade, e ainda o previlégio de ter na nossa memória a lembrança e a experiência que fomos adiquirindo ao longo dos anos.

Estar tristes por sermos Séniores, NUNCA!


PARA TODOS OS SÉNIORES COM TODO O CARINHO,


 O MEU ABRAÇO DE AMIZADE,





Aline Rocha



domingo, 8 de maio de 2011

A minha Escola Primária



Já passaram mais de cinco décadas, mas eu recordo como se fosse ontem!

Tanta coisa bela e bonita se passou naquela escola! Foi lá que eu comecei a ser a pessoa que sou hoje, graças à minha professora primária que me ensinou o princípio do necessário para uma aprendizagem para a vida futura.Ela alicerçou os meus comportamentos como, o gosto pela leitura, o respeito pelo próximo, o rigôr, a partilha, e o cumprimento do dever.
A escola era a segunda casa, e a professora a nossa segunda mãe.
Todas as crianças eram iguais e vistas como tal. Usávamos bata branca, que tinha de se manter limpa durante todos os dias da semana. Quando iamos para a escola sentiamo-nos importantes.Sabiamos que iamos aprender, aquilo que os nossos avós não aprenderam.
Lembro de mostrar ao meu avô a primeira página do livro da primeira classe e explicar-lhe:
A de Águia-E de Égua- I de Igreja- O de Ovo e U de Uva.
Era o princípio da longa caminhada.Depois quem não se lembra de “A gatinha e a bonecaO cavalo e o leão” Deu-la -Deu Martins”A cerejeira”A barca BelaQuem quer ver a barca bela, que se vai deitar ao mar, Nossa senhora vai nela e os anjos vão a remar, etc”Os ninhos”-ninhos ninhos gosto tanto de os achar entre as ramagens, ocultos pela folhagem são o meu maior encanto, etc.
Na parte final de cada livro a “Doutrina Cristã”. Foi por lá que aprendi a rezar o Pai-nosso, Avé Maria-Salvé Rainha-o Credo-o acto de contrição, etc.
Na minha escola havia as fotos de duas figuras de Estado - Marechal Craveiro Lopes e Salazar. Ao meio a cruz de Cristo Nosso Senhor.Era perante este simbolo e com todo o respeito que no começo de cada aula, todas as crianças se levantavam da carteira, faziam o sinal da Cruz e diziam uma oração, seguindo a nossa professora.
Quem não se lembra da sacola feita de pano, depois as malas de cartão de côr castanha com fecho e asa de metal?
Lá dentro um lápis de lousa que já tinha bico mas quando se gastava tinha de ser afiado numa qualquer pedra da rua.Uma lousa preta com ripas de madeira em volta, à qual lhe chamávamos “pedra”. Para a manter sempre limpa usavamos um frasquinho com água e um paninho, que as nossas mães nos arranjavam, quem sabe dum bocado de avental já velho! Este era o nosso “estojo”
Os livros cedidos pela escola passavam de ano para ano, de aluno para aluno e daí a nossa obrigação de os estimarmos.
Lembro os cadernos de duas linhas para a letra ficar certinha! A caneta de madeira com aparo que se tirava e punha, e se molhava naqueles tinteiros de tinta azul “Cisne”, os exames, as provas escritas, feitas em papel de 35 linhas, tudo tinha de ficar limpo sem borrões para que a nota fosse boa.No dia das provas, eram sempre momentos de ansiedade para qualquer criança.
No último ano 4ªclasse,todos com mais ou menos 10 anos de idade, deixáva-mos a nossa escola, trazendo connosco a sabedoria de quatro anos.
Há !Como eu me lembro da História, pequeno livro, que nos deu a conhecer as dinastias, os reis que governaram o nosso País, os seus cognomes, começando por D. afonso Henriques o “conquistador, o Gordo, o formoso, o elequente, o lavrador o justiceiro, etc.etc. etc.”
Ciências da natureza-do corpo humano às plantas tudo sabiamos na ponta da lingua.
Sim.Sabiamos em quantas partes se divide o nosso corpo, os nomes dos ossos, a grande e a pequena circulação, o aparelho respiratório, etc.etc.etc.
Quanto às  plantas, sabiamos a composição do caule flor e folhas, sabiamos as propriedades da fotossíntese, etc.etc.Sabiamos distinguir um tubérculo de uma raíz.
Geografia- Desde a divisão por distritos deste Portugal pequenino, até às nossas provincias ultramarinas, as capitais, as linhas de caminho de ferro e os rios, a produção de cada provincia, como o linh,o café o cacau a banana, etc.
Geometria- não tinhamos calculadora e os problemas resolviam-se.Sabiamos as medidas de superficie e de peso, o que era um quintal, uma tonelada, e ainda um kilómetro ou um hectómetro.Aprendemos que uma groza são 144 e que Pi é igual a 3,14.
Português, verbos, orações, ditados sem erros, fluente leitura dos textos.
Recordo as brincadeiras no páteo: o jogo da cabra cega- o lencinho- às escondidas e a macaca.

Lembro ainda uma pessoa que já não se encontra no meio de nós, mas que eu recordo com saudade,porque tambem ela tinha sido a professora da minha mãe.

A professora primária é sem duvida o pilar que nos ajuda a suster a nossa caminha na aprendizagem da vida,e quando ela  nos marca e  não a  esquecemos, é sinal que cumpriu o seu dever,parilhando não só o ensino como tambem o afecto.

Aline Rocha
Maio de 2011

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Mãe, Sogra e Avó, uma só Mulher

- Ser Mãe é um Dom , uma Arte,  um Bem Maior e uma Benção.
- Mãe é criação de Deus completa, mas tambem complexa.
- Ela possui a magia do amor, da ternura, do afecto e da tolerância.
- Sabe acariciar, proteger, consolar e aconselhar.
- A Mãe educa, esquece, sorri e perdoa sempre.
- Porque ama de verdade o seu amor é eterno.

- Ser Sogra. Só consegue quem foi mãe.
- Os seus sentimentos não mudam. Existe no seu coração a alegria de ver concretizado um sonho. Continua a dar o seu melhor e a dizer “presente” quando necessário.


- Ser Avó é inexplicável.
- É conhecer um amor doce, é viver no neto o amor do filho.
- Avó- palavra melodiosa, indescritível quando pronunciada pelo neto.


- Ser Mãe, Sogra e Avó, é uma felicidade que se completa.

 
Aline - Maio de 2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Liberdade

Numa manhã distante

Manhã que floresceu
Em busca da liberdade
Pairava a ansiedade
Num país que é o meu.

Perfume reconhecido
De um País adormecido
Sem voto e acorrentado,
Onde nada acontecia
Mas que toda a gente temia
Porque tudo lhe era negado.

Homens de muita vontade
Devolveram a liberdade
Encerrando a longa espera
Dando a páz à minha terra
Com canhões de amizade.

Num dia lindo e tão belo
De rosto e sorriso singelo
Toda a gente o desfrutava,
Caminhando livremente
Estava aberta a sua mente
E o povo todo cantava.

Lembro pomba que voava
Cravo em boca de canhão
Canções ao vento cantadas
Tudo andava de mãos dadas,
Memórias de uma revolução.

Neste dia vou recordar
Data histórica no meu país
Assim quero continuar
A liberdade disfrutar
Só assim serei feliz.


Poema de –Aline Rocha

25/4/2011

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Mulher de Ontem e de Hoje

O meu nome é MULHER
No principio ignorada
Andava de boca calada
Apenas era desejada
Sem direito nem prazer.
Sem voto nem opinião
Senti que algo ia mal
Neste mundo de ilusão
Abri o meu coração
Lutei por um mundo real.
Quis fazer parte da sociedade
Muitos obstáculos a vencer
Sonhei com a igualdade
E com muita dignidade
Consegui ao mundo dizer.
         Mais do que ser apenas esposa
  Sou mãe, às vezes até pai
Referência para família
     Atenta ao que no mundo vai.
Estudei para uma profissão ter
Lutei pela afirmação
E ao meu belo prazer
Sei sempre o que vou fazer
Com ordem e determinação.
Sou executiva, militar do exercito
Empresária,comandante de navio
Conduzo meu carro, sou dentista
Cabeleireira,actriz e atleta
Sou escritora, sou jornalista
Sou médica,sou enfermeira
Sou juiza sou professora
Estudiosa da cultura 
Sou modelo sou engenheira
Advogada e formada em arquitectura
Neste mundo de verdade
Posso fazer o que eu quizer
Lutei pela minha liberdade
Afirmei-me como MULHER
poema de
Aline rocha
Abril de 2011

terça-feira, 5 de abril de 2011

QUE DROGA DE VIDA

Sobe e desce vezes sem conta, a rua onde nasceu, como que à procura daquilo que não encontra. Ao seu lado caminha pela trela, um cão preto que fora abandonado, e que ele chamou a si adoptando-o como seu companheiro e com o qual reparte o pouco que tem.
A vida tem destas coisas, que por vezes não dá para perceber.
Aquele jovem outrora bonito, atraia toda a gente com a sua simpatia.Era humilde e educado tinha sempre um sorriso quando nos cumprimentava. Para nós vizinhos que nos cruzávamos com ele, sentiamos o seu carinho. Havia um brilho enorme no seu rosto.
Hoje, anda perdido - apesar dos muitos, dos prolongados e honorosos tratamentos que com muita dificuldade a familia conseguiu, mas que de nada serviram.O dinheiro acabou e acabou tambem a esperança ou a ilusão de que ele queria realmente tratar-se.
Viver sem mãe não é fácil e muito menos numa situação destas. Ele está mais pobre porque sua mãe já não existe.Foi mais um pilar que quebrou e que contribuirá certamente para ruir a sua frágil estrutura.
A sua vida familiar é turbulenta.Seu pai revoltado e cansado com a sorte e com a vida, certamente não o compreende e vice-versa.
Os amigos de infancia não existem porque se afastam.
Os efeitos das drogas modificaram-no. Nota-se que no seu coração há solidão, no seu olhar muita tristeza, mas tambem agressividade na sua maneira de falar. O seu aspecto não é bom.Barba crescida, e o rosto magro diz-nos que o estomago deve reclamar muitas vezes.
Nos pulsos algumas pulseiras de bicos, quem sabe se serão para se defender ou para intimidar!
É doloroso ver a transformação de uma pessoa que podia ser um cidadão respeitado e não passa de um ser que é olhado de lado - ignorado – incompreendido.
Quem é mãe como eu, sente esta dôr e não pode ficar indiferente a este jovem,que é o rosto de muitos-infelizmente.
Nunca sabemos o dia de amanhã.
Que ninguem diga, desta água não beberei.


Para ele escrevi um poema.” O GRITO”                          


Aline Rocha


29/03/2011



Rei D. Dinis


Sobre este rei muito há que dizer, mas eu vou sintetizar até porque não sou historiadora.
Rei D. Dinis nasceu em Lisboa no dia 9 de Outubro de 1261.
Seus pais eram D. Afonso lll e D.Beatriz de Castela.
Em 11/2/1282 casou por procuração em Barcelona com Princesa Isabel de Aragão, ela com 12 anos de idade.No mesmo ano mas a 26 de Junho é então concretizado o casamento com a presença do rei, na Vila de Trancoso em Portugal.
Deste casamento nasceram dois filhos: Constança e Afonso lV
Faleceu a 7/1/1325 em Santarém com 63 anos
Seu corpo encontra-se no Mosteiro de D. Dinis em Odivelas

                                      ***

O Rei D. Dinis sexto rei de Portugal subiu ao trono aos 17 anos de idade no ano de 1279 e governou Portugal durante 46 anos, tendo pertencido à Dinastia de Borgonha.
Foi um Rei que liderou alguns conflitos.
Um deles foi com a Igreja, em que assinou um tratado com Papa Nicolau lll onde jurou proteger os interesses de Roma em Portugal.
Também salvou a Ordem dos Templários-criando a Ordem de Cristo em sua substituição.
Diziam ser um Rei mais administrador do que guerreiro.
Fomentou o comércio e a agricultura, distribuiu terras para serem trabalhadas e fundou várias comunidades rurais, mercados e feiras francas.
O seu cognome de “LAVRADOR- O REI AGRICULTOR”ficou ligado ao gosto e desenvolvimento pela agricultura e ainda por ter mandado plantar o pinhal de Leiria,
Fomentou a criação dos concelhos e reformas judiciais.
Ordenou a exploração das minas de cobre, prata, estanho e ferro.
Era grande amante das artes e das letras, e da poesia. Por isso o chamarem de REI POETA-REI TROVADOR.
Pensa-se que foi o primeiro Monarca Português alfabetizado.Sempre que assinava o seu nome escrevia sempre o nome completo.
Criou em Coimbra a primeira Universidade em Portugal, com o ensino de -Direito Civil e canónico e ainda Medicina.
Foi Poeta e Trovador.
Há conhecimento de 137 cantigas da sua autoria-sendo (73 cantigas de amor, 51 cantigas de amigo, e 10 cantigas de escárneo e maldizer). Há ainda 7 originais de músicas, que se encontram no arquivo da Torre do Tombo, descobertas em 1990 pelo prof Harvey L. Sharrer,
Protegia os escritores, fazendo com que guardassem os seus escritos no Estudo Geral de Lisboa.
No seu reinado todos os documentos começaram a ser escritos em português e não em latim como até aí.
Instituiu o Português como lingua oficial da Corte
A sua Côrte foi um dos Centros Literários mais notáveis da Peninsula Ibérica.
Na cidade de Odivelas, além de nome de rua tambem é lembrado numa estátua colocada numa rotunda bem movimentada, uma Biblioteca Municipal, e um Mosteiro com seu nome, onde se encontra sepultado.



(Este trabalho foi possivel com recurso à net)



Aline Rocha

29/03/2011

quinta-feira, 31 de março de 2011

El Rei D. Dinis

Desta vez é um pouquinho de História em  forma de poesia.
EL REI D. DINIS-À DATA GRANDE SENHOR

A AGRICULTURA FOMENTOU
COMUNIDADES RURAIS FUNDOU
POR ISSO SE CHAMOU “ LAVRADOR”


RECONHECEU POETAS E TROVADORES
PROTEGIA OS ENTÃO ESCRITORES
INSTITUIU A LINGUA PORTUGUESA
LINGUA OFICIAL DA CORTE E REALEZA


AMANTE DA POESIA E TROVOADOR
SEU ESPÓLIO É MUITO ANTIGO
FEZ 73 CANTIGAS DE AMOR
51 CANTIGAS DE AMIGO


GARANTO QUE AINDA HÁ MAIS
10 DE ESCÁRNIO E MALDIZER
MUSICAS SÃO 7 OS ORIGINÁIS
DESCOBERTAS PELO PROF. SHARRER


PRIMEIRO MONARCA ALFABETIZADO
DIZ-SE COM CERTA VAIDADE
FOI CONSTRUIDA NO SEU REINADO
A PRIMEIRA UNIVERSIDADE


AO PAPA NICOLAU lll JUROU
PARA PROTEGER SUA HONRA
UM TRATADO ASSINOU
ENTRE PORTUGAL E ROMA


MUITOS SECULOS JÁ PASSARAM
DESTE REI QUE FOI TROVADOR
EM BARCELONA POR PROCURAÇÃO
CASOU COM D.ISABEL SEU AMOR


MUITAS HISTÓRIAS SE CONTAM
ROMANCES E ESCAPADELAS
SUA MULHER ERA UMA SANTA
SEUS ENCONTROS EM ODIVELAS.

PORQUE O DESTINO ASSIM O QUIS
CONTINUA RÁ EM ODIVELAS
NO MOSTEIRO D. DINIS
DESTA VEZ SEM ESCAPADELAS.




30/03/2011