sábado, 20 de agosto de 2011

Tempo

Fáz tempo, esse tempo que perdi
Tudo são lembranças que não vivi
Hoje, recordo tudo e quase nada,
Por entre águas e vento
Como paisagem sem alento
Só a lua estáva iluminada.


Vejo uma nuvem no horizonte
Qual princesa encantada
A água a brotar da nascente
Lembra-me que ainda sou gente
Como a rosa delicada
Que nasceu perto da fonte.


Ondas se formam e se desfazem
Num vai e vem de coragem
Deixando a espuma no areal
Brincam e riem de mansinho
De novo o mar, o seu caminho
Parecendo tudo tão natural.


Dentro de nós o que existe?
Um mundo presente e passado
Por vezes alegre ou triste,
Como água que corre sem parar
Que na ponte não volta a passar
Nós é que corremos para todo o lado.


Com tinta azul pintei o mar
Com caneta de amor escrevi o poema,
De nada sinto medo, nem sinto pena
A noite mesmo escura não é triste,
Porque meu cabelo branco existe, e
As rugas em nada me vão mudar.





Aline Rocha

8/2011



4 comentários:

  1. Aline
    Ai se corremos!
    Mas temos que passar por cima de ideias idosas e tentar ver o mundo belo que nos rodeia!
    Vamos sonhar numa nuvem princesa e saborear cada dia de vida,como a maior riqueza...e testemunhá-la com canetas de amor, sim!
    Beijinhos minha poetisa!
    Continua a escrever.
    Beijinho
    margui

    ResponderEliminar
  2. Obrigada Guida,pelas sempre carinhosas palavras e pela força que de ti recebo.
    Bem hajas amiga
    um beijinho
    aline

    ResponderEliminar
  3. Tábua rasa nascemos,
    Na recta curvilínea da vida ,
    Crescemos, vivemos, aprendemos.
    Chegadas a este ponto , RECORDAMOS.
    Faz-se o balanço e...
    Negativo ou positivo,estamos vivos e ...
    A DEUS, devotamente agradecemos!

    ResponderEliminar
  4. Fátima,
    Lindo o que escreveste.
    Obrigada
    beij.
    aline.

    ResponderEliminar