quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

RECORDAR


 Recordo a vida, a minha estrada         
Onde caminhei sozinha
Mas tambem acompanhada.
Encontrei a essência de ser mulher
Soube quase sempre o que fazer.
Amei, perdoei, sonhei, sofri
Adiei, investi.
Desbravei e descobri
Umas vezes ganhei
Outras vezes perdi.
    Realizei sonhos
De quase todos os tamanhos.
Encontrei a felicidade
Ilusão ou realidade?- Não sei!
   No percurso,
Desviei pedras,
Umas grandes, outras pequenas
Encontrei obstáculos
Ultrapassei-os com atenção
Ganhei um coração!

     Cansada,
Continuo a caminhar
Sei que não posso parar,
  Olho para tráz
A estrada que era longa
Está a encurtar
São tantas as curvas
Que tapam minha visão
Meu Deus! Que sensação!
Cansada, e mesmo assim
Continuo, mas devagar
Sem pressa de chegar.
Mas eu insisto, não desisto
Mesmo com esta idade
Quero chegar mais longe
Mas é difícil de andar,
Nesta dureza da vida
Eu não vejo outra saída
Sei! Está quase a terminar.
    Olho para traz entristecida
Porque já quase não vejo
Aquela que foi
A estrada da minha vida.
Aline Rocha Janeiro de 2012








quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Hospital - BEATRIZ ANGELO - Loures

O nosso concelho foi premiado com um novo hospital,ao qual foi dado o nome de


                     Carolina Beatriz Ângelo
Afinal quem foi esta senhora?
Médica, lutadora sufragista e fundadora da Associação de Propaganda Feminista, foi a primeira mulher a votar em Portugal, embora vivesse num país em que o sufrágio universal só seria instituído passados mais de sessenta anos, ou seja, depois do 25 de Abril de 1974.

O voto depositado nas urnas para as eleições da Assembleia Constituinte, em 1911, pela médica Carolina Beatriz Ângelo, constitui um episódio deveras exemplar de luta pela cidadania e pela emancipação da situação das mulheres em Portugal, numa altura em que o direito de voto era reconhecido apenas a "cidadãos portugueses com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família".

Invocando a sua qualidade de chefe de família, uma vez que era viúva e mãe, Carolina Beatriz Ângelo conseguiu que um tribunal lhe reconhecesse o direito a votar (à revelia) com base no sentido do plural da expressão ‘cidadãos portugueses’ cujo masculino se refere, ao mesmo tempo, a homens e a mulheres.

Como consequência do seu acto, e para evitar que tal exemplo pudesse ser repetido, a lei foi alterada no ano seguinte, com a especificação de que apenas os chefes de família do sexo masculino poderiam votar.

Carolina Beatriz Ângelo foi assim, também, a primeira mulher a votar no quadro dos doze países europeus que vieram a constituir a União Europeia (até ao alargamento, em 1996).

Subitamente, a 3 de Outubro de 1911, com apenas 33 anos, morreu ao regressar de uma reunião política, com a consolação de ter vivido muito em pouco tempo e de se ter entregado a causas que considerava justas, independentemente dos dissabores, incompreensões e desilusões. Deixou escrito que queria um enterro civil e dispensava a família, sobretudo a filha, de usar luto.


Cem anos depois, deparamo-nos com uma cidadã de plena actualidade: profissional competente, cidadã empenhada, mulher interventiva, crítica e conspiradora. A pioneira sufragista é recordada, enaltecida, estudada, divulgada e celebrada retomando o seu lugar na História através da exposição que o Museu da Guarda apresenta,cidade onde nasceu a 16/4/1878.

(Toda esta informação retirei  da internet.)

Presto-lhe assim a minha homenagem
Aline Rocha












ATRIZ ANGELO