A noite estava fria, e o céu estrelado. Sentado num degrau da porta de sua casa, com as mãozinhas sobre os joelhos, um menino olhava para o céu parecendo contar às estrelas que brilhavam , formando um manto cintilante. No silêncio da noite ouviu passos. Assustado, virou a sua cabecinha cheia de caracóis loiros para ambos os lados, e viu com algum espanto, que se aproximava um senhor vestido de Vermelho e com barbas brancas. Nunca tinha visto ninguém assim vestido!Pensou o menino O seu coração batia, batia. Um pouco assustado, levantou-se e deixou ver as suas calças rotas no joelho e os seus pesinhos descalços. O Pai Natal que por ali passava com o seu saco cheio de prendas para ir colocar nas chaminés, dirigiu-se para ele e disse: Rapaz que fazes aqui com este frio?Estás a tremer! De quem estás à espera? De ninguém respondeu o menino. Os teus pais deixam-te aqui sozinho a estas horas da noite? Não tenho pais- eu vivo com a minha avó que está lá dentro sentada à lareira. Respondeu,baixando a cabecinha um pouco envergonhada. Ainda não me conheceste? Não sabes quem sou? Não! Nunca vi ninguém assim igual ao senhor! Disse baixinho. Olha bem para mim - eu sou o Pai Natal! Eu sou amigo de todos os meninos. Por isso nesta noite de Natal eu venho pôr nos sapatinhos, colocados na chaminé, os presentes que eles me pediram. De olhos esbugalhados e um pouco tímido, o menino perguntou? Também posso pedir um presente? Claro que sim. Pede o que quiseres. Qual o brinquedo que gostavas de ter? Nunca tive brinquedos, mas o que eu queria era ter aqui comigo a minha mãe que está lá no céu. Todas as noites eu peço às estrelas, mas estão lá muito longe e não me ouvem. Também gostava de umas botas iguais às suas que devem de ser quentinhas. Emocionado o Pai Natal pousou o saco das prendas no chão, agarrou o menino ao colo e disse-lhe: Tu és muito lindo sabias?És um menino de ouro. Tenho muita pena de não poder satisfazer o teu primeiro pedido. Não te posso dar a tua mãe como me pedes, porque não tenho esse poder. Mas acredita que ela continua a olhar por ti, apesar de estar lá muito, muito longe. Quanto ao segundo pedido, prometo que te vou dar umas botas iguais ou ainda mais bonitas e quentinhas que as minhas, vou dar-te agasalhos para não teres frio, e ainda oferecer-te aquilo que não me pediste - os mais bonitos brinquedos. E sabes por quê? Porque és um menino, e todos os meninos têm o direito de brincar. Amanhã durante o dia voltarei com tudo àquilo que te prometi. Agora vais para dentro de casa, vais dormir e não te esqueças de fazeres a tua oração. Os dois abraçaram-se, e o menino ficou tão feliz com o encontro, que ao ver o velho senhor se afastar,olhou para o céu e disse,fixando as estrelas. Obrigada mãe, gosto muito de si. Voltou para dentro de casa a saltitar e quando chegou à lareira, abraçou a avó que estava a dormitar e contou-lhe, que já conhecia o Pai Natal,que lhe prometeu brinquedos,umas botas e roupa quentinha. A Avó pensou que era uma história inventada,deu-lhe um beijinho e disse para se ir deitar. Feliz mas ancioso pelo dia seguinte para ver de novo o Pai Natal,foi para a sua caminha,rezou sua oração e adormeceu como um anjo. Onde há amor, há luz para iluminar os corações. Autora- Aline Rocha
Dezembro de 2010
Lindo Aline!
ResponderEliminarE de tocar o coração.
Que a todo o mundo chegue o pai Natal...
Fizeste muito bem publicar o teu conto.
Continua a escrever e a partilhar o que de tão bom tens.
Beijinho
Bom dia Aline,
ResponderEliminarO teu conto está lindo e com muita ternura.
Linda mensagem de Natal que colocaste no teu blog!! Adorei.
Bjs carinhosos.
Patricia
Cara Aline,
ResponderEliminarEste conto é maravilhoso.
Que pena não termos Natal todos os dias!
Um abraço,
Vasco